01/09/2020 12:18
Você já parou para pensar como é difícil prever eventuais problemas financeiros à frente?
Se mesmo os grandes bancos e seus poderosos modelos estatísticos nem sempre conseguem antecipar quais clientes pagarão ou não todas as dívidas em dia, como a população em geral pode se dar conta de que errou a mão e se endividou demais? Especialistas aconselham as pessoas que, na dúvida, adotem uma postura sempre mais prudente do que parece necessário. Para entender sua atual situação financeira, uma pergunta que deve constantemente ser feita é: “Está sobrando salário no fim do mês ou mês no fim do salário?”. Segundo especialistas, se recorrentemente você chega ao vigésimo ou vigésimo quinto dia do mês e já precisa tomar dinheiro no cheque especial para fechar as contas, por exemplo, é hora de ligar o sinal amarelo e tentar reduzir os gastos. Outro sintoma de que as coisas caminham mal é o pagamento do saldo mínimo de contas mais onerosas, que embutem juros muito altos no parcelamento.
O hábito de constituir algum tipo de poupança e aumentá-la sempre que possível é considerado bastante saudável. Para diversos tipos de profissionais que não possuem uma renda garantida todos os meses, constituir uma reserva de emergência é particularmente importante. Os trabalhadores autônomos, que combinam uma remuneração por cada serviço prestado, não têm a garantia de que o holerite chegará a cada 30 dias como os milhões de assalariados brasileiros. Isso significa que alguém que alcançou uma renda considerável durante um longo período de tempo pode se deixar enganar por uma maré de sorte. Muito provavelmente essa pessoa terá confiança suficiente para tomar um empréstimo de longo prazo para a compra de um carro ou uma casa porque supõe que aquele rendimento vai durar por muitos anos. O problema é que a economia sempre muda – e às vezes para pior.
A redução da atividade econômica costuma implicar em menos salário e renda para uma parte considerável da população. Os jovens também são vítimas frequentes das viradas econômicas. Pessoas com menos de 30 anos costumam ser mais instáveis no emprego que os mais velhos e ainda são estatisticamente mais sujeitas às tentações do consumo. É natural. Quem começa a ganhar dinheiro está mais predisposto a querer realizar sonhos que antes pareciam impossíveis. Como os jovens também têm menos experiência com a tomada de crédito, é recomendável ter cuidado redobrado.
Solução
Especialistas sempre recomendam que as pessoas aproveitem as épocas de vacas gordas para constituir uma reserva financeira, que poderá ser usada em momentos de emergência. O desemprego, problemas de saúde, divórcios ou a morte do chefe de família estão entre as causas mais frequentes para a inadimplência. Antes contratar muitas dívidas, é melhor constituir uma reserva para os imprevistos da vida. Ao perceber qualquer indício de problema financeiro, o ideal é rapidamente criar ou atualizar a planilha de orçamento. Coloque na ponta do lápis seus ganhos e suas despesas e decida o que pode ser cortado. Chefes de família devem tomar esse tipo de decisão em conjunto com o cônjuge e os filhos. A médio prazo, também é bem importante buscar formas de elevar a renda sempre que novas despesas forem assumidas.